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BANDOLINS

Professor/a: José Arrifano Lopes

“Em 1650 surge em Itália um cordofone armado de oito cordas de aço, emparelhadas e de afinação semelhante à do violino: Mi (E5), Lá (A4), Ré (D4) e Sol (G3). Parece ter sido um sucedâneo do alaúde, instrumento de cerca de 24 cordas e de muito difícil afinação, já que algumas não eram percutidas, vibravam por simpatia.
Conta-se até a história de um alaudista que passou toda a sua vida a afinar o seu instrumento; quando acabou de o afinar… morreu.
Como atrás referido, o bandolim surge em Itália e logo se difunde pelo resto da Europa e pelo Novo Mundo. De tradição erudita e vocação solista, foi utilizado por vários compositores clássicos: Vivaldi, Mozart, Beethoven, Verdi, Paisielo e outros. No século XIX era obrigatório nos Salões das grandes cidades onde, a par com o piano, acompanhava o canto. Era ainda companheiro inseparável nos passeios campestres.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…” pelo que na passagem do século XIX para o século XX o bandolim passou de moda. Hoje vemo-lo nas tunas académicas, nos agrupamentos populares, em algumas orquestras (poucas) de palheta e… no CUTLA. Já vai distante o ano 2002/2003, ano em que fracassou a criação de uma classe de bandolins, nas instalações da Companhia das Águas. O actual Grupo de Bandolins constitui-se em 2006, com apenas 4 elementos. No presente ano lectivo tivemos a grata surpresa de receber 6 novos participantes. Somos agora mais de uma dúzia.  Por último, não queríamos deixar de referir o quanto nos tem sido grato representar o nosso Clube, quer nas festas de Natal, encerramento das actividades lectivas, tardes musicais, quer noutras instituições: leres de idosos, Lions Club, Serões de “Sons tradicionais” de Porto de Mós, etc.


 

A classe de bandolins foi criada em 2006, funcionando, desde então, ininterruptamente. As aulas têm lugar às sextas-feiras das 10h00 ás 12h00, sendo a primeira hora destinada aos novos alunos e a segunda aos ensaios de grupo.
As aulas são subordinadas aos seguintes temas:
O instrumento: origem, variedades, partes componentes, 4 ordens de cordas duplas, escala, afinação, palhetas, postura e colocação das mãos.
Teoria musical: características do som, tom e meio tom, a pauta ou pentagrama, clave de sol, notas musicais, figuras e pausas correspondentes, graus, modos, alterações constitutivas e de precaução, ligaduras, pontos de aumentação, compassos simples e compostos, tempos fortes e fracos, barras de divisão, tonalidades mais usadas, acordes maiores, menores, perfeitos e dissonantes.
Peças musicais: populares e temas clássicos (uma ou mais vozes)
 

O Professor,

José Arrifano Lopes”